Criação do Centro de Memória
Autores: Viktoria Klara Lakatos Osorio
Revisores: Marina Mayumi Yamashita
Editores Associados: Leila Cardoso Teruya
Última atualização: 22/05/2023
Após o falecimento do Professor Emérito da USP Paschoal Ernesto Américo Senise, em 21/07/2011, aos 93 anos, os seus irmãos procuraram o Diretor do Instituto de Química, Prof. Fernando Rei Ornellas, oferecendo em doação à universidade, para ficar sob a guarda do Instituto de Química (IQ), tudo o que o Prof. Senise deixou em seu escritório no Conjunto das Químicas, bem como o que estava na residência e fosse relacionado com a USP. Com uma vida toda dedicada à USP, tendo sido Diretor do IQ por dois mandatos, o arquivo pessoal do Prof. Senise se reveste de um valor histórico inestimável, mas o Instituto teria que criar condições para acolher um conjunto documental desse porte e dessa natureza. Até então, as tentativas de preservação da história da instituição eram pontuais, dependendo de iniciativas individuais.
O Diretor Ornellas sugeriu criar um Centro de Memória no Instituto, tendo como ponto de partida o arquivo pessoal de Paschoal Senise, em 17/02/2012 na reunião do Conselho Técnico Administrativo e na reunião da Congregação em 01/03/2012. Aos 03/04/2012 designou um Grupo de Trabalho (GT) para definir o modelo jurídico do Centro e elaborar o seu regimento interno. O GT ficou constituído pelos professores Lucio Angnes (coordenador), Iolanda Midea Cuccovia (vice-coordenadora), Paulo Alves Porto, Shirley Schreier, Silvia Helena Pires Serrano e Viktoria Klara Lakatos Osorio e pela técnica acadêmica Célia Maria Motta (secretária), a bibliotecária Marina Mayumi Yamashita e o aluno de pós-graduação Eric Tavares da Costa.
Na primeira reunião do GT em 17/04/2012, a Divisão de Biblioteca e Documentação do Conjunto das Químicas (DBDCQ) apresentou a proposta de sediar o Centro de Memória. A biblioteca é compartilhada por duas Unidades, o Instituto de Química e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), por isso a DBDCQ consultou a direção da FCF quanto ao seu interesse em também criar um centro de memória institucional.
O diretor da FCF, Prof. Jorge Mancini, indicou em 11 de maio a professora Primavera Borelli para participar das reuniões do GT. Seguiram-se mais cinco reuniões, em algumas das quais também estiveram presentes: Angelo Antonio Alves Correa da Cruz, da chefia técnica da DBDCQ, Sergio Massaro, docente aposentado do IQ e Elisabete Marin Ribas, supervisora técnica do Serviço de Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros.
Em 31 de julho o GT concluiu a redação da proposta do regimento interno. A Congregação do IQ, em sua 346ª sessão ordinária, realizada a 30/08/2012, aprovou por unanimidade a criação do Centro de Memória, bem como o Regimento Interno, e indicou três funcionários e quatro docentes como membros da Comissão Executiva, responsável pela coordenação das atividades do Centro de Memória. Os representantes da Graduação e da Pós-Graduação foram indicados posteriormente por seus pares.
Paralelamente, a Congregação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas aprovou a criação do seu centro de memória, com regimento interno semelhante e igualmente a ser instalado no prédio da Biblioteca do Conjunto das Químicas, no campus Butantã da USP.
Ainda em 2012, ao ser lançado o edital “Acervos e Patrimônio Cultural na USP” pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), destinado a projetos de preservação de acervos pertencentes à USP ou que estivessem sob sua guarda, a DBDCQ concorreu com um projeto para a readequação do espaço físico no terceiro pavimento do prédio da biblioteca com o objetivo de alojar os Centros de Memória da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e do Instituto de Química, bem como o acervo de livros raros da biblioteca. O projeto recebeu aprovação e os trabalhos de adaptação do local foram efetuados.
O Centro de Memória do Instituto de Química tem como objetivo cuidar do recolhimento, organização e preservação de documentos que resgatam a história da Química e Bioquímica da USP, disponibilizando os mesmos para consultas, pesquisas e estudos históricos e acadêmicos. Para citar um exemplo da relevância de uma política de preservação da memória institucional, o Presidente da FAPESP, Celso Lafer, solicitou ao Diretor do IQ, em 28/11/2011, permissão de acesso ao acervo de documentos e imagens, para uma análise comparativa da ciência paulista contemporânea com a dos anos 60, num livro comemorativo do cinquentenário da FAPESP.
Contatos
Centro de Memória do Instituto de Química da USP Endereço: Avenida Prof. Lineu Prestes, 950, 2º andar, Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, Butantã, São Paulo, SP, CEP 05508-000
E-mail: memoria@iq.usp.br